quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Lua lua

A lua me ilumina,
e eu aqui da janela
 começo a sonhar...
Ah Lua, oh lua!
Hoje brilha estonteante,
magnífica como nunca
havia visto antes.
Hoje, a lua está mais perto,
tenho a sensação de que
está dentro do quarto, o seu
véu cobre-me com tamanha
doçura e paz, a traqüilidade
agora reina, e a Lua
ora substantivo próprio,
ora substantivo comum.
Substancial a um e a todos.

Gustavo Freitas 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A ociosidade operante

Estou eu aqui neste ócio pensante,
tecnicamente produzindo conhecimento,
seria meio como um ocasionar de pensamento,
um tempo que deixa de ser desperdiçado.
É do ócio criativo que se tira o bem mais precioso,
a produção, a idéia, o diferencial. Pois,
quem não tem o tempo de pensar não cria.
Não se pode ficar sem este precioso tempo,
a ociosidade operante oportuna,
é nele que se desenvolve o seu intelecto.
Com ordem e desordem, é como uma massa,
uma totalidade andante, movente, galopante!
O ar da criação se dá com o tempo, tempo este
gasto no ócio, mas ócio não pode ser encarado
como um repouso ou mandriice.
O ócio tem de ser melhor aproveitado! Viva a ociosidade!

Gustavo Freitas

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Privacidade

Isolar-se é simplesmente
uma hora que se tira pra si,
que independe de qualquer situação
que se pensa exclusivamente em si.
Será que todos têm família?
Será que já não possuímos convivência demais?
Todo mundo tem amigos, todo aluno
tem colegas de classe, assim como
todo trabalhador tem seus companheiros de trabalho,
e o ciclo por si só é cada vez mais vicioso.
Nem toda solidão é triste.
Prefiro isolar-me,
a fim de blindar minha proteção
de manter esta remota tranqüilidade.
Sei que não fomos criados para ficarmos só,
e vejo um excesso de atividades em comum.
Uma vez ou outra é bom dar um tempo,
para sentir a natureza em sua maior harmonia,
ouvir os pássaros cantarem,
Admirar o horizonte sem fim.
Já reparou no sabor da natureza?
No cheiro ou no som dela?
A chuva cai, aprimora esta sensação.
Paz, não há nada melhor que descreva este momento.


Gustavo Freitas