Posteriormente, em 1983, Howard Gardner aprimora o conceito de inteligência emocional com a sua teoria das inteligências múltiplas, com a ideia tanto de inteligência intrapessoal e interpessoal. Para Gardner os indicadores de QI por si só não explicam completamente a capacidade cognitiva. Na década de noventa o termo inteligência emocional tornou-se tema de inúmeros livros, programas de televisão, em escolas e em empresas. Daniel Goleman, redator de ciência do The New York Times e autor do livro “Inteligência Emocional” foi quem despertou o interesse da mídia em 1995, a partir de então artigos sobre o tema começaram a aparecer com mais freqüência.
Os conceitos de Salovey e Mayer definem inteligência emocional em quatro termos. São eles:
· Percepção das emoções
· Uso das emoções
· Entender emoções
· Controle da emoção
A percepção das emoções baseia-se na capacidade de identificar os sentimentos por estímulos, caracteriza-se por perceber a mudança emocional de outra pessoa, seja uma alteração de voz ou uma expressão facial.
Uso das emoções por sua vez é a capacidade de utilizar informações emocionais na facilitação do pensamento e raciocínio.
Entender emoções é captar variações emotivas nem sempre evidentes.
Controle de emoção como o próprio nome sugere é a capacidade de lidar com os próprios sentimentos, é o aspecto mais facilmente identificado em inteligência emocional.
Para Goleman a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso das pessoas. Ele cita que as maiorias das situações de trabalho envolvem relacionamentos entre pessoas e, deste modo, pessoas com uma facilidade de relacionamento humano tem mais chances de obter sucesso. O conceito de Goleman é dividido em cinco termos:
· Autoconhecimento emocional
· Controle emocional
· Automotivação
· Reconhecimento de emoções em outras pessoas
· Habilidade de relacionamento
Autoconhecimento emocional é saber reconhecer as próprias emoções e sentimento no ato do acontecimento.
Controle emocional é saber lidar com os próprios sentimentos, adequando a cada situação vivida.
Reconhecimento das emoções em outras pessoas é ter empatia de sentimentos e saber identificar as emoções do outro.
Habilidade de relacionamentos é ter interação com outras pessoas com a finalidade social.
Inteligência emocional está diretamente relacionada ao comportamento, em saber se motivar e motivar o próximo, manter o controle da situação em momentos de excitação emocional, ter um bom relacionamento com o próximo e ter liderança perceptiva com o outro, sabendo identificar os aspectos emocionais da pessoa com que se trabalha e direcionar o seu psicológico mantendo o foco.
Um exemplo clássico é o de um chefe que é extremamente nervoso e rígido com seus funcionários, tão intenso ao ponto deles terem medo dele. Cria-se então na empresa uma desconfiança permanente por parte do chefe e uma insegurança por parte dos funcionários. Uma empresa como essa é mais suscetível a não se prosperar. Ao passo que uma empresa com um líder que possui inteligência emocional tem mais chances de prosperar devido ao fato dele saber lidar com os sentimentos de seus subordinados, o convívio dentro da empresa é geralmente mais harmonioso e assim os funcionários trabalham mais tranqüilos e com menos insegurança.
O uso da inteligência emocional se estende a qualquer situação de nossas vidas, seja em seu relacionamento amoroso, ou, seu relacionamento com seus familiares e amigos. Saber a hora certa para discutir assuntos no âmbito emocional é fundamental, por exemplo, em caso de estresse pensar sobre o assunto, acalmar-se e enfim depois de pensar um pouco sobre a situação e com os ânimos mais acalmados, este é o momento para se propor mudanças ou fazer exigências.
Para Goleman a maneira ideal para se aprender inteligência emocional é educando as crianças, pois, quando já estamos adultos precisamos reaprender todos os hábitos emocionais que adquirimos quando crianças. Pode-se então direcionar o aprendizado durante a infância através do exemplo, tendo em vista que elas simplesmente copiam atos dos adultos. Os pais que são os preparadores emocionais e devem ensinar os filhos como lidar com os altos e baixos da vida, principalmente eles podem aproveitar os estágios emocionais para ensiná-las como se comportar diante das situações.
O equilíbrio é primordial, não se tem sucesso puramente com inteligência emocional e nem somente com Q.I., para isso é necessário trabalhar ambos, é ter um bom rendimento associado com saber não levar seus problemas para a empresa ou para seus relacionamentos. Podemos resumir em ter um bom senso para as diversas situações que estaremos sujeitos a passar diante de todos os estágios de nossas vidas.