terça-feira, 31 de maio de 2011

Tempos modernos

Existem rimas pobres e não chulas,
existem rimas ricas e vagabundas.
O defeito pode ser de que as observa,
as imperfeições dão beleza ao contexto.
Procuro um tempo, formado de acaso.
Deslumbrante, vibrante e acelerado.
Um tempo ansioso, anseio por vida,
e que seja aberto e profundo.

Gustavo Freitas

domingo, 15 de maio de 2011

Delírios

Os versos que escrevo
não são feitos de palavras,
não são compostos de justificativas.
Os versos que escrevo
são delírios de uma mente carregada,
são alucinações de um tempo moderno.
As estrofes que se formam,
são vítimas de um poeta sem musa,
são embaraços de um rotina modificada.
Nada mais faz sentido, sem conectividade,
a tempo passa agora sem pressa.
Uma cabeça em eterno devaneio,
uma fantasia idealizada.

Gustavo Freitas

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Arrume o seu guarda-roupa

Certo dia conversando com um grande amigo meu, o José, ele me disse uma coisa que fiquei muito pensativo a respeito. Ele me disse que prefere comprar um guarda-roupa novo a arrumar o dele. Isso mexeu de tal maneira comigo, que não conseguia parar de pensar.
Comecei então a analisar o guarda-roupa em sua organização. Cada peça tem o seu lugar predefinido. No caso, as gavetas são separadas pelo que ocupam, por exemplo, a gaveta de cuecas ou camisas e por assim vai. Cada espaço foi separado para desenvolver aquela função, e, a partir do momento em que se começa a bagunçar, iniciasse então um colapso.
Peça por todas as partes e nada onde realmente foi definido, a organização antes primordial fica de lado enquanto tudo está fora de controle. O conceito foi destruído, aquilo já não tem mais significado algum. Agora ele tem outro guarda-roupa, uma nova organização, porem não ira durar muito tempo, estou sabendo que José possui três, ou seja, uma nova ordem a ser quebrada e “comprada” para se desfazer. Não faz sentido, imagino que ele esta comprando mais um colapso para sua vida.
Não seria mais simples, ao invés de comprar um novo, parar e observar bem o que ele possui. Tirar tudo de dentro se necessário, e pouco a pouco começar a restabelecer a ordem que um dia ali reinou, se reinou! De tempos em tempos é necessário refazer algumas coisas, reestruturá-las.
Estou a imaginar se tudo fosse tão simples como comprar um novo guarda-roupa, ai sim a vida seria muito mais simples. Faço agora um comparativo entre o dono e este guarda-roupa, será que não são parecidos? Pode-se pensar que ele age exatamente igual trata seu guarda-roupa. Seria muito triste, uma pessoa tão inteligente como ele com uma ação tão destrutiva. Por isso afirmo, arrume seu guarda-roupa e não vire escravo da sua desorganização.

Gustavo Freitas